A Estância de São Borja: a pecuária de um povo de índios missioneiros

Desde o fim do século XIX e durante todo o século XX, muitos historiadores trabalharam com a questão relacionada à província jesuítica do Paraguai, no que se refere à organização e à estruturação das reduções e de suas estâncias, o que permitirá nos apropriarmos do que foi suscitado anteriormente, já que muitas ramificações menores poderão surgir quando levantadas algumas questões, assim como novos problemas, dando um aporte sem precedentes para o enriquecimento do trabalho. A quem pertencia de fato a estância de São Borja? Diante dessa pergunta, surge outro questionamento, este a respeito de qual seria o papel político, social e econômico dessa estância, tanto para os povos reduzidos quanto para os considerados infiéis, que viviam nas imediações das estâncias. E mais: quais foram as relações estabelecidas por esses grupos dentro e fora das estâncias? Não se tem aqui o propósito de pensarmos apenas nas comunidades que hoje vivem nesses locais de memória, mas também visamos proporcionar por meio desta pesquisa o conhecimento histórico a outras comunidades, partindo de documentos que estão em arquivos históricos no Brasil e no exterior. Portanto, reforça-se a ideia de esta pesquisa ser de grande importância para o entendimento da história dos povos originários.