Imperialismo, Questão Agrária e Educação

Esta publicação seria, de certo modo, um segundo volume, como continuidade dos estudos e hipóteses suscitados pelo livro Imperialismo e Questão Agrária: a luta de classes no campo brasileiro, publicado em 2020. Desenvolvido com base nos aportes do Grupo de Pesquisa QUESTÃO AGRÁRIA E JUVENTUDE RURAL: Trabalho, Educação e Cultura Camponesa – JURATEC e realizado com apoio do projeto de pesquisa Sucessão Familiar Rural: os condicionantes econômicos, sociais e culturais para a permanência ou abandono do campo pela juventude na Região da Cantuquiriguaçu, no centro-sul paranaense, aprovado pelo Edital 459/2019, da Universidade Federal da Fronteira Sul, este livro é resultado do trabalho coletivo envolvendo pesquisas de autores de várias áreas do conhecimento que estudam a questão agrária e a educação. Sob o título Imperialismo, Questão Agrária e Educação, exprime um esforço teórico para a caracterização da situação de classes em nosso país, tendo por base o desenvolvimento das forças produtivas, contraditoriamente conjugando o moderno e o atrasado, das quais decorrem a natureza do trabalho, dos processos de trabalho e das relações de trabalho, segundo as características do tipo de capitalismo brasileiro, como capitalismo burocrático, que mantém o nosso país submetido à dominação imperialista como uma semicolônia. Semicolonialidade que tanto determina quanto se ajusta à realidade do campo brasileiro, secularmente submetido ao crivo do sistema latifundiário, mantendo subjacentes relações semifeudais. Desse modo, o moderno e atrasado se intercruzam gerando preceitos políticos, culturais e educacionais de espectro imperialista. Considera-se, portanto, que, sendo a cultura um reflexo do plano ideológico, da política e da economia, há em nosso país o predomínio de uma cultura imperialista como reflexo da subjugação ao imperialismo.